A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.


às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia

quarta-feira, 29 de junho de 2011

TEMPESTADE

Cai a noite como cai a solidão 
Sem palavras estreladas
Teto de nuvens carregadas
vomitam;  raio e trovão

Céu de lágrimas
Molham as plantações
Enchem os lagos
Inundam os corações

A cidade submersa
Submissa a força d'água   
No breu da noite úmida
Se esconde, se dispersa

Olhos e dentes serrados
Sem rua a ver a lua
Sentem na mente a dor
Do frio na pele nua

Depois do último clarão
Da trovoada já abrandada
A brisa da madrugada
Anuncia; as águas baixarão

Aquecem-se as esperanças
Acendem-se as almas
Um novo dia irá raiar
Aos sobreviventes; despertar. 


Tum, 1999 

2 comentários:

  1. Renda-se, como eu me rendi.
    Mergulhe no que você não conhece como
    eu mergulhei;
    Não se preocupe em 'entender' viver
    ultrapassa qualquer entendimento.

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  2. Chorei...
    Não procurei esconder
    Todos viram, fingiram
    Pena de mim não precisava
    Ali onde eu chorei
    Qualquer um chorava
    Dar a volta por cima que eu dei
    Quero ver quem dava!!
    Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!

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