Quando não se conhece a si mesmo não se sabe o significado do então, do isso e do aquilo. Carrega o peso da dúvida no pescoço de quem acha que torcicolo é por acaso. E aquela dor de garganta que não passa? Tem gente que acha que não vem ao caso.
Do outro lado se vê o peso que carregas... Carregas e carregas.
Já pensou nas outras alternativas?
Quando esta fácil de mais; desconfias. Mas quando é difícil, seu orgulho quer, seu orgulho manda e tu... Tu orgulhosamente desaparece
dentro das estrelas que circulam suas idéias, dos pássaros que fizeram parte de sua alma e hoje voam para terras mais quentes.
Migram de você, pra um outro você. Este e ou aquele você que não conheces, não admiras por nem saber que existe. O você bom, boa, bonito e bonita, cheia de graça que anda e que passa
a vida sorrindo.
Quem um dia voou sabe que andar não é suficiente, entende que o lugar dos pés não é no chão. E as mão, Ah! as mão devem segurar o espírito, o vinculo desesperado entre ser e estar. Sim, as mãos e a batata da perna. Quando soubermos ouvi-las, seremos pelo segundo mais comprido do relógio cósmico, um ser completo, ume uma e y, x, z, t, k, com todo, tudo e gosto, gosto de quero mais. Aquela saidera de bar que nunca acaba.
Assim, quicando a bola do passado com o pé futuro enfiado na idéia presente, não sou eu, não é você, não é grande mas também não é pequeno. É tão significativo como o migrar das borboletas, amarelas ou pretas. Que nunca chegam, pero Vão e assim a terceira geração sabe que têm de voltar.
Voltar a ir-se, voltar a amar-se, voltar a olhar-se no espelho e ver-se, inverter-se, acostumar-se, alinhar-se, alongar-se e se pendurar. De ponta cabeça faz sentido, faz cócegas, faz abrigo.
Água faz sentido.
A água é o que falta na alma livre
O ar é que me falta no zoodíaco.
Somos pingo de chuva, formigas na pia, areia no sapato de pessoas alheias, o vento que sopra contra a parede, o fogo que contêm o incontável, a porta aberta do lado do ralo, o soco no estômago de quem espia debaixo da cama, o vazo que contêm a flor que nunca nasceu, a obrigação de ser doce quando só sobra salgado, a variação do olho aberto quando as pestanas fecham.
A boca que move incessante, inconveniente, ininterruptamente, abre e fecha infinitamente mastigando a fronteira da insegurança e do medo do silêncio... (shhhhhh.... )
da verdade que contêm o nada.
Vou escrever tudo que nunca escrevi antes, assim mesmo no escuro, assim mesmo sem saber se conseguirei ler amanhã.
Por que?!
Hehehehe, porque sim! Sempre quis dizer, sempre quis pensar, porque não escrever?
Porque sim, porque sim, Porque sim!
Assim, enfim, em mim, cabim, cabo de aço feito em pedaços, só pela rima, mais estáticos que o armário da sala da pessoa que coleciona troféus de feira de artesanato. Assim de transado, assim de seguro, assim de pintar um muro
com tinta de vento, respingando poemas, transbordando palavras vazias, preenchendo cadernos fantasmas que voam e assustam a mão (aquela mão! lembram?) que cria Estórias.
Onde esta o Saci quando a Bruxa comemora seu dia?
No dia de lua cheia numa noite de estrelas pequenas, vistas pelo olho de uma criança de rua que não conhece a palavra ambivalente, esperança ambigua.
Volto a ver o filme.
Tomo água e um copo de vinho, com a mochila cheia de teias e o sopro na cabeça de quem já desistiu e sorriu um dia na vida.
Sorriso solto, lingua frouxa e olhos atentos.
Submergimos em nossos mundos interiores e esquecemos os extintores de incêndio, nada de cinto de segurança, nada de prevenção comportativa.
Enfim
Assim
Em mim
Borbulhas, borbulhas, Borbulhas
Lêmbre-te da lingua lassa, lasciva, latente.
Sai da boca sem sentido, um lado, um outro, Um Abismo! Pode pular, Mas esta atrapada na garganta, aquela que dói dentro do torcicolo da gente.
TURMALINA ANTÔNIA
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