A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.


às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Oração Celta

Que jamais, em tempo algum,o teu coração acalente ódio. Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior. Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro. Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida. Que a musica seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo. Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo. Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer. Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz. Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração. Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins. Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa. Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno. Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver. Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável! Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome. Aquele amor que não se explica, só se sente. Que esse amor seja o teu acalento secreto, viajando eternamente no centro do teu ser. Que a estrada se abra à sua frente. Que o vento sopre levemente às suas costas. Que o sol brilhe morno e suave em sua face. Que respondas ao chamado do teu Dom e encontre a coragem para seguir-lhe o caminho. Que a chama da raiva te liberte da falsidade. Que o ardor do coração mantenha a tua presença flamejante e que a ansiedade jamais te ronde. Que a tua dignidade exterior reflita uma dignidade interior da alma. Que tenhas vagar para celebrar os milagres silenciosos que não buscam atenção. Que sejas consolado na simetria secreta da tua alma. Que sintas cada dia como uma dádiva sagrada tecida em torno do cerne do assombro. Que a chuva caía de mansinho em seus campos... E, até que nos encontremos de novo... Que os Deuses lhe guardem na palma de Suas mãos. Que despertes para o mistério de estar aqui e compreendas a silenciosa imensidão da tua presença. Que tenhas alegria e paz no templo dos teus sentidos. Que recebas grande encorajamento quando novas fronteiras acenam. Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora. Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres. Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!
Oração Celta do Amor

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Poema XXI

Se eu pudesse trincar a terra toda 
E sentir-lhe um paladar, 
Seria mais feliz um momento ... 
Mas eu nem sempre quero ser feliz. 
É preciso ser de vez em quando infeliz 

Para se poder ser natural... 
Nem tudo é dias de sol, 
E a chuva, quando falta muito, pede-se. 
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade 
Naturalmente, como quem não estranha 
Que haja montanhas e planícies 
E que haja rochedos e erva ... 
O que é preciso é ser-se natural e calmo 
Na felicidade ou na infelicidade, 
Sentir como quem olha, 
Pensar como quem anda, 
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre, 
E que o poente é belo e é bela a noite que fica... 
Assim é e assim seja ... 


Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXI"
Heterónimo de Fernando Pessoa


Aquarela - By TuM

domingo, 15 de dezembro de 2013

2014, Ano do Cavalo Madeira

  • Além dos animais sagrados que se revezam de 12 em 12 anos, cinco elementos vitais também mudam todo ano. Metal, água, madeira, fogo e terra são diretamente associados ao animal do signo regente e em 2014 o Cavalo de Madeira comanda após 60 anos, trazendo consigo um grande simbolismo. Como o cavalo é permanentemente regido pelo elemento fogo, seu ano promete ser de profundas transformações, movimentado e até turbulento. Um momento ideal para se colocar em pratica antigas ideias e promover grandes mudanças na vida pessoal e profissional, pois a vivacidade, a disposição e a força do cavalo, um trabalhador incansável, favorece o triunfo sobre as possíveis adversidades.

  • .CAVALO MADEIRA - 1894, 1954, 2014 

  • Amigável, cooperante e mais ou menos impaciente, este tipo de cavalo podia ser o mais razoável do lote. Mas imóvel resistirá a ser dominado. O elemento de madeira permite-lhe disciplinar melhor a mente e será capaz de pensar desobstruído e sistemático. O cavalo de madeira terá uma disposição feliz e é muito activo em casos sociais. Divertido e um bom conversador, não é egoísta e não vive constantemente para dar nas vistas.





  • Mas, porque é progressivo, moderno e pouco sentimental, deitará fora o velho e receberá muito bem o novo. As mudanças e as novas invenções capturam a sua imaginação e não deixará de tentar tudo o que não seja convencional.

    Gostará de explorar muitos outros campos mas tentará duramente cumprir as suas responsabilidades. O cavalo forte de madeira não tem um único osso preguiçoso no corpo, mas faria bem em aprender a ser mais cauteloso e discernido.
    Foto de Nirdosh Vibhuti.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

ELIS REGINA - ÚLTIMA ENTREVISTA - JOGO DA VERDADE


Direitos de imagem da TV CULTURA . 
No dia 5 de janeiro de 1982, Elis Regina era a convidada do programa Jogo da Verdade apresentado pelo jornalista Salomão Esper . O formato sugeria 3 entrevistadores e perguntas de outras personalidades . Um êxito em matéria de interatividade . Recurso usado até hoje . 
Estão no programa Zuza Homem de Melo e Maurício Kubrusly conceituados jornalistas atentos a cena artística brasileira . 
É sabido por todos que 14 dias depois , Elis nos deixaria portanto esta é sua última entrevista ; Daí a importância em divulgar o registro . É documento histórico .

domingo, 1 de dezembro de 2013

auto-consciêncium

E me perguntaram: Cadê tu Tum? Bah!
Onde anda a guria que sorria inocência?
La chica que con los ojos cerrados bailaba?
A mina que inspirava expirando transparência?

Eu sorrindo respondi: A Tum morreu!
Se escafedeu no redemoinho do lugar nenhum,
De vergonha alheia-própria; Morreu.
Creio que foi excesso de auto-consciêncium
De ser um corpo sábio y cálido no breu
Da sombra de sua mente plana; aparência,
Rumo ao colapso inconsciente por excelência.

Foi uma peça da vida arteira de Tum;
Fazê-la morrer de rir de sua própria essência,
Do ridículo jeito de não conseguir ser comum
Mas no último suspiro de pura teimosia e esperança,
Numa gravação distorcida à distância,
Um grito dela com o meu se fundiu:

"Un trocito de mí que todavía sangra!
quieres de todo modo
ponerte lejos de mi
antes que más tarde
tu me pongas lejos de ti.
Pero todas las otras partes
Te quieren junto,
Casi dentro de tan cerca
Apretado contra el pecho
Donde casi se oculta a mi misma..."

Tum
Bah!

Quando me Amei de Verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!
Kim e Alison McMillen

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Para mi corazón basta tu pecho, 
para tu libertad bastan mis alas. 
Desde mi boca llegará hasta el cielo 
lo que estaba dormido sobre tu alma. 

Es en ti la ilusión de cada día.
Llegas como el rocío a las corolas.
Socavas el horizonte con tu ausencia.
Eternamente en fuga como la ola.

He dicho que cantabas en el viento
como los pinos y como los mástiles.
Como ellos eres alta y taciturna.
Y entristeces de pronto, como un viaje.

Acogedora como un viejo camino.
Te pueblan ecos y voces nostálgicas.
Yo desperté y a veces emigran y huyen
pájaros que dormían en tu alma.



PABLO NERUDA 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Um dia desses vi sobre a mesa uma talhada de melancia

 "Ângela.- Um dia desses vi sobre a mesa uma talhada de melancia. E, assim sobre a mesa nua, parecia o riso de um louco (não sei explicar melhor). Não fosse a resignação a um mundo que me obriga a ser sensata, como eu gritaria de susto às alegres monstruosidades pré-históricas da terra. Só um infante não se espanta: também ele é uma alegre monstruosidade que se repete desde o começo da história do homem. Só depois é que vem o medo, o apaziguamento do medo, a negação do medo - a civilização enfim. Enquanto isso, sobre a mesa nua, a talhada gritante de melancia vermelha. Sou grata a meus olhos que ainda se espantam tanto. Ainda verei muitas coisas.  Para falar a verdade, mesmo sem melancia, uma mesa nua também é algo para se ver."
 "Ângela.- Eu me defrontei com o impossível de mim mesma.
Aí, eu desafinei sem querer. Irreal como música. Eu sonolenta e fantasmagórica na noite fechada e cheia de fumaça e nós ao redor da fortíssima lâmpada amarelada, luz que não deixa dormir, como os holofotes agudíssimos que os algozes acendem sobre a vítima da tortura para não deixá-la descansar.
Eu antes era uma mulher que sabia distinguir as coisas quando as via. Mas cometi o erro grave de pensar."
 "Autor.- Faz um dia muito bonito. Chove uma chuva muito fina, o céu está escuro e o mar revoltado. As almas esvoaçam no cemitério, os vampiros estão soltos, os morcegos encolhidos nas cavernas. Aconchego de mistério e terror. Se de repente o sol aparecesse eu daria um grito de pasmo e um mundo desabaria e nem daria tempo de todos fugirem da claridade. Os seres que se alimentam das trevas.
Só me interessa escrever quando eu me surpreendo com o que escrevo. Eu prescinto da realidade porque posso ter tudo através do pensamento.
A realidade não me surpreende. Mas não é verdade: de repente tenho uma tal fome da "coisa acontecer mesmo" que mordo num grito a realidade com os dentes dilacerantes. E depois suspiro sobre a presa cuja carne comi. E por muito tempo, de novo, prescinto da realidade real e me aconchego em viver da imaginação."

Clarice Lispector
Trechos de 'Um Sopro de Vida (Pulsações)'

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Hoje voltamos todos a Brasília


Por Flávio Aguiar


Hoje voltamos todos a Brasília
Com os despojos do nosso eterno presidente
Seremos recebidos todos com as honras e as cicatrizes de um futuro que não houve
E de um passado que não passa
Hoje voltamos todos a Brasília
Para cantarmos tudo o que não cantamos
Arrepanhar as almas penadas que ficaram dentro de nós
As  dos que se foram antes do tempo
E a nossa que aos pedaços com eles também se foi
Hoje voltamos todos a Brasília
Levamos em nossos olhos
Os olhares dos que ficaram para trás
Mas deixaram suas marcas em nossas retinas
E levamos junto os olhos de nossos filhos, de nossos netos
Com a esperança de que eles não vejam o que vimos
O futuro ser roubado de gerações inteiras
Hoje voltamos todos a Brasília
Com o peso do que perdemos no coração
E as asas
E as asas
E as asas
Batendo nas vidraças
Passando pelas grades
Ruflando na escuridão
Entre as estrelas

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

As linhas da minha Mão

As linhas da minha mão
Vão crescendo se
alongando conforme
os anos vão me passando.
Vão fazendo seu
caminho confundindo
minha história influindo
o curso do meu rio.
As linhas da minha mão
Caminham sozinhas
enquanto eu fico
olhando fico
ouvindo fico
finjo farofa.
Elas escrevem
roteiro que sigo,
elas seguem a
vida que vivo.
As linhas da minha mão
Vão e vem,
vêem e calam-se
em calos momentos
escolhidos a dedo,
do trapézio ao quadro,
do volante pro portô.
É esta simbiose que mudo
e que muda o que sigo
e me segue onde fico.
Como sangue na palma
da alma da mão.

Tum

Meu Momento Prãna




Do sorriso à lágrima,
Da solidão à raiva,
Da angústia ao drama,
Em segundos o todo se forma.

Num momento de calma,
A vida se esclarece plana.
Numa ruptura do quarto de hora,
A mente insana reclama chama.

... E assim vai Havana,
E assim vem Savana...
E assim vou eu sacana.

Nessa inconstante maratona
Da lama ao caos, do bar pra cama,
A lagrima de la sonrisa pífana!




Tum

Foto1: Portugal 2005
Foto2 de Ligiane Braga

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Toda sagitariana possui a capacidade maravilhosa de unir o ridículo ao sublime.

Centauros são figuras míticas, metade cavalo e metade humanas, que estão sempre atirando suas flechas em algum alvo distante no horizonte e galopando atrás. Às vezes eles encontram a flecha e às vezes, eles ficam completamente distraídos pela paisagem interessante do caminho.
Você mira as flechas de sua visão intuitiva em direção a algum alvo futuro e distante e gasta a maioria do tempo correndo atrás de uma flecha ou de outra. A grande questão é se você almejou ou não as coisas verdadeiras. A próxima questão é se você conseguiu encontrar alguma flecha. O que realmente lhe interessa é o entusiasmo da visão e a fascinação da viagem. No final, o objetivo torna-se insignificante.
Para você, a vida é uma aventura e uma busca. O verdadeiro sentido da vida é tornar a jornada tão interessante, variada e informativa quanto possível. A chegada não é o principal. Você pode ser digna e majestosa, quando esse papel é necessário. Mas como é uma atriz consumada, você pode assumir qualquer papel para chegar ao próximo estágio da jornada.
As idéias são sua motivação, além da possibilidade de algo novo e interessante a cada esquina: o tesouro a ser descoberto, o objetivo impossível de alcançar, o mistério inexplorado, o amor que escapou. Você tem medo de perder alguma coisa se ficar estacionada no presente.
Sagitarianas extrovertidas podem sempre ser encontradas quando uma nova boate é aberta, um novo filme é lançado e um curso ou grupo interessante é criado. Sagitarianas introvertidas podem sempre ser encontradas abraçando alguma nova filosofia, uma nova visão política e um novo projeto criativo. É como se, de alguma forma, você sentisse essas coisas mesmo antes de qualquer um falar sobre elas. E você tem a capacidade incrível de fazer os contatos certos no momento certo. Isso não é sorte, embora os outros possam pensar assim; é seu olho preciso para as oportunidades repentinas, seu "faro" intuitivo que é capaz de identificar um potencial ou uma possibilidade a trinta quilômetros de distância.
O tédio é seu grande inimigo e você realmente fica entediada facilmente. Bastará fazer alguma coisa duas vezes, da mesma maneira, que um tipo inquieto de centauro partirá atrás da próxima flecha. Afinal de contas, ele já foi atrás daquela. Porque ir outra vez? Não se preocupe com aquele bando de capricornianos e virginianos falando sobre as vantagens do esforço disciplinado. Para você, o que vale a pena colocar no cofre é o entusiasmo da corrida e não o prêmio. E se você obtiver um prêmio valioso irá, de qualquer maneira e sem dúvida, gastá-lo em cinco minutos.
Limites deixam você louca. Ultimatos são uma garantia de provocação à resistência armada. Sua mente inquieta está sempre buscando horizontes inexplorados. Frustrações podem gerar um temperamento bastante explosivo, mas quando o ar fica limpo outra vez, você não reclama mais. No entanto, às vezes, você não entende como os outros se sentem magoados com aqueles comentários horrorosamente rudes e honestos. Mesmo com toda sua generosidade e conhecimento, você poderá ser incrivelmente insensível e ingênua e se alguém a elogiar da forma certa, você poderá ficar convencida. Isso não a torna uma boa candidata para aquele tipo de relacionamento estável e envolvente que algumas pessoas buscam.
Seu coração é verdadeiro, mas você precisa de um parceiro que lhe dê uma amizade genuína e muito espaço para respirar. Se ganhar esse tipo de liberdade, você provavelmente não irá abusar dela. Você tem também capacidade de agüentar grandes cenas dramáticas em um relacionamento - de contas, muitas delas são geradas por você mesma - não suporta dramas e choro. O mundo da segurança doméstica imutável tampouco é sua idéia de diversão.
Então qual é essa questão tão grande que estimula seu espírito? É uma vontade de entender a vida, de compreender onde estamos todos indo e o porquê. Você procura o grande significado por trás das coisas, correndo atrás das pistas de um grande quebra-cabeças que nunca será solucionado porque as peças estão sempre se multiplicando. Essa é uma tarefa enorme que dura por toda uma vida. Felizmente você tem um forte senso irônico e uma visão um tanto quanto aguda. Toda sagitariana possui a capacidade maravilhosa de unir o ridículo ao sublime.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes


Orelha






O simbolismo mais notável relacionado com a orelha é o que diz respeito ao mito de Vaishvanara comointeligência cósmica: suas orelhas correspondem às direções do espaço, o que é impressionante, se nos lembrarmos do papel que a ciência contemporânea atribui aos canais semicirculares. 

A orelha é o símbolo da comunicação, quando esta é recebida e passiva, mas não quando ela é transmitida ativa. Em Pozan, na Birmânia, encontra-se uma estátua muito antiga de Buda, recebendo a revelação pelas orelhas. São Paulo também não disse que a fé provinha da tradição oral, especificando que era recebida pela audição: fides ex auditu? A orelha apareceria aqui como uma matriz ou, pelo menos, como um canal da vida espiritual.


(mas há muitos outros significados!!!)

Asas do Amor

Um espírito que vive neste mundo
E não incorpora o amor
Atravessa a existência em desgraça.

Enlouqueça com o amor,
Porque o amor é tudo.

Não há caminho para existir
Sem dar e receber amor.

Se alguém perguntar: "O que é o amor?"
Responda: " A dissolução do desejo."

O amor e o amado vivem na eternidade.
Outros desejos
São pobres substitutos para o amor.

Abandone-se. Viaje na luz do amor
E você receberá asas.

O amor é uma ponte para a alma.


RUMI, poeta místico persa do séc. XIII

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A cura pela naturezA

"De acordo com a ayurveda, medicina tradicional da Índia e mais antigo sistema de cura do mundo, nosso corpo está programado para viver 120 ano, sem decadência física. Isso só será possível, porém, quando tivermos conectados com a natureza, investindo diariamente em nossa saúde para prevenir doenças.
 Entre os hábitos que podemos facilmente inserir na rotina e fazem toda a diferença para a conquista da saúde perfeita está o uso de determinadas plantas em nossa alimentação. É o caso da cúrcuma ou açafrão-da-terra. Muito usada nas medicinas chinesa e ayurvédica, essa erva é poderosa na cura de inflamações que causam doenças crônica e distúrbios de autoimunidade, comuns nos dias atuais. É importante no combate às anomalias geradas pelo estresse, na assimilação de nutrientes e promove um metabolismo saudável.
 Já o gengibre equilibra as funções do estômago, evitando desconfortos que geram ansiedade e angústia. Cru, é extremamente calmante e eleva nosso poder de digestão, promovendo a metabolização adequada dos alimentos. Dessa forma, evita a formação de gases, equilibra a pressão e as taxas de colesterol e previne o enjoo matinal de gestantes.
 A babosa, assim como o gengibre, também tem o poder de acalmar enjoos e promover a limpeza do sistema digestivo e do cólon, mantendo o bom funcionamento dos intestinos. É excelente para evitar doenças cardiovasculares, melhora inflamações e a oxigenação do sangue e ajuda no tratamento de artrites, úlceras, pedras nos rins e outras infecções.
 O óleo de malaleuca, por sua vez, tem ótimos resultados na cura de infecções da pele. É anti-inflamatório, antisséptico, bactericida e fungicida. Misturado com hibisco, ginseng e maracujá, o chá de melaleuca tem efeito calmante, além de aumentar os níveis de energia.
 O manjericão é uma erva excelente para melhorar o humor e acalmar a mente. Por promover a conexão entre corpo, mente e espírito, elimina o estresse, fortalece o sistema imunológico, previne inflamações crônicas e promove clareza mental, assim como a boa digestão."

Texto de Márcia de Luca

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

LEITO DE FOLHAS VERDES

 Porque tardas, Jatir, que tanto a custo
 À voz do meu amor moves teus passos?
 Da noite a viração, movendo as folhas,
 Já nos cimos do bosque rumoreja.

Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.

Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.

Brilha a lua no céu, brilham estralas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d'alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.

Sejam vales ou montanhas, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!

Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arasóia na cinta me apertaram.

Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!

Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas.
(Gonçalves Dias)

Missão Pirâmide


Missão Pirâmide
Fazenda Santa Maria
Guaxupé

Agradecimentos:
Teresa de Toledo
Vibhuti
Claudio Costa
Mauricio Moreira

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CansadA

  Cansada da vida, cansada das escolhas, cansada das decepções, lançada na vinda, lançada na encolha, lançada nas ilusões, alçada do vivendo, alçada nas encostas, alçada das alusões, Calçada de vento, calçada de estopa, calçada nas relações, Ilhada em velas, ilhada de esmolas, ilhada das concepções, caçada na vida, caçada nas escolhas, caçada das decapitações, salada de frutas, salada de escarola, salada de espigões, Içada do Viva, Içada nas inCertezas, Içada de opções, calada vivida, calada e desfolhada, calada de emoções, Camada de vida, camada de certezas, Camada de Ah Lucinações...

Tum Aguiar

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"ISTO NÃO É UM LAMENTO, é um grito de ave de rapina. Irisada e intranqüila. O beijo no rosto morto.
 Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque neles vivemos.
 De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é.
 Hoje está um dia de nada. Hoje é zero hora. Existe por acaso um número que não é nada? que é menos que zero? que começa no que nunca começou porque sempre era? e era antes de sempre? Ligo-me a esta ausência vital e rejuvenesço-me todo, ao mesmo tempo contido e total. Redondo sem início e sem fim. Do zero ao infinito vou caminhando sem parar. Mas ao mesmo tempo tudo é tão fugaz. Eu sempre fui e imediatamente não era mais. O dia corre lá fora à toa e há abismos de silêncio em mim. A sombra de minha alma é o corpo. O corpo é a sombra de minha alma. (...)"

Clarice Lispector
Trecho de 'Um Sopro de Vida (Pulsações)'

sábado, 7 de setembro de 2013

Salut Bijou

Salut bijou, comment ça va?
Vem cá chuchu, que eu vou te dar
un bisou très bien donné

J'ai un truc à dire une idée
comme ça génial
Que tal venir mon coeur
Diner chez moi, avec moi ce soir
Viens chez moi, avec moi ce soir

Eu quero te espero
Se tu deixar de lero lero eu não deixo a peteca cair
Tem bogorodó, ziriguidum, tem telecoteco
Se quiser chegar é pode vir

Ça va marcher très bien, mon amour
T'inquète pas... besteira
On peut essayer
Qu'est-ce que tu me dis?

Au revoir bébé c'était super te ver
nous avons fait déchirer
Mais oui encore, on va cartonner
Mais oui encore, on va cartonner

Letra: Ieda Cruz e Cris Monteiro
Música: Ieda Cruz