A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.


às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Despiu-se

“Despiu-se das velhas crenças rasgou os preconceitos, tirou dos pés as amarras, calçou a coragem. Sua nova roupa é transparente revelando ousadia não se vestiu de ceda, se renda, nem de alinho fino vestiu-se de amor e revestiu-se de alma. Ela vive na contramão do mundo é natural que pareça ser um erro. Mas ela não se vestiu de “ceda”, não me refiro à seda tecido, e sim a ceda do verbo ceder. Ela não se vestiu de ”ceda” para ceder ás pressões do politicamente correto, corrupto. Ela não se vestiu de “renda” e não me refiro a renda tecido, mas sim a renda do verbo render
e a renda, receita, salário. Ela não se vestiu de se renda para se render ás convenções dogmáticas e não se vende a verdades absolutas, discriminatórias, carregadas de esteriótipos e intolerância. Ela não se vestiu de “alinho”, não me refiro ao linho tecido e sim ao alinho do verbo alinhar. É natural que pareça ser um erro, mas ela não se alinha ás regras e não se iguala àqueles que julgam as escolhas alheias como sendo erradas por serem diferentes das suas. Pode até parecer um erro, e ela erra muito,
mas se vestiu de amor, e não me refiro a vestes de tecido ou ao tecido da pele, pois nela o amor é sangue em movimento continuo, circula, propaga-se, renova-se. E revestida de alma vivi. No mundo, talvez, seja comum condenar os erros alheios, mas através de alguns erros é possível aprender, apreender e ensinar e ainda assim nada saber, pois o conhecimento é vivo e mutável. “

Viviane Andrade

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