Escrevo hoje quase que pra bater cartão.
Será que prefiro este estado?
Um que de quase sem emoção.
Humor sarcástico ligado,
Estaca enfincada no coração.
Devo estar de ovo virado,
Escrevo hoje por obrigação.
Para fingir aliviar o eu magoado,
Para fingir um tipo de reação.
Será que quero o guardado?
Uma nota no jeito da ilusão.
Uma lambida amarga no peito aguado,
Um cantinho apertado da minha
exclusão.
Escrevo hoje de ego ferido,
Me agarro em algo maior que minha mão.
Me esquivo do obvio feito sabido,
Me escondo em panos dentro da escuridão.
Minha casa, meu sítio, elo escondido,
Só sei falar de mim, só sei falar de sim, só que não...
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