Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
Manoel de Barros
do livro Memórias inventadas – As Infâncias de Manoel de Barros
A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.
às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Manoel por Manoel
Eu tenho um ermo enorme dentro do olho. Por motivo do ermo não fui um menino peralta. Agora tenho saudade do que não fui. Acho que o que faço agora é o que não pude fazer na infância. Faço outro tipo de peraltagem. Quando eu era criança eu deveria pular muro do vizinho para catar goiaba. Mas não havia vizinho. Em vez de peraltagem eu fazia solidão. Brincava de fingir que pedra era lagarto. Que lata era navio. Que sabugo era um serzinho mal resolvido e igual a um filhote de gafanhoto.
Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.
Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores.
Manoel de Barros
Cresci brincando no chão, entre formigas. De uma infância livre e sem comparamentos. Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.
Porque se a gente fala a partir de ser criança, a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha, de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore. Então eu trago das minhas raízes crianceiras a visão comungante e oblíqua das coisas. Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina. É um paradoxo que ajuda a poesia e que eu falo sem pudor. Eu tenho que essa visão oblíqua vem de eu ter sido criança em algum lugar perdido onde havia transfusão da natureza e comunhão com ela. Era o menino e os bichinhos. Era o menino e o sol. O menino e o rio. Era o menino e as árvores.
Tum |
Manoel de Barros
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Poema 15
20 poemas de amor y una canción desesperada
Poema 15
Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.
Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
Pablo Neruda
Copyright © 2012. Fotos de Ligiane Braga. De Todos os Direitos Reservados. Reprodução Proibida - ® de Todos os Direitos Reservados
5º Festival Paulista de Circo
sábado, 10 de novembro de 2012
amor em silêncio
Não sei, dizer
Mas sei, sei sorrir pra você
Você, não diz
Já sei, tudo que quer me dizer
Mas sei, sei sorrir pra você
Você, não diz
Já sei, tudo que quer me dizer
E assim a gente entende
O amor todo em silêncio
Tão bom se a gente sente
Falar pra que
O amor todo em silêncio
Tão bom se a gente sente
Falar pra que
Se o olhar é um sinal
E o amor que nele existe
Fala mais, mostra que é real
E o amor que nele existe
Fala mais, mostra que é real
Se o olhar é um sinal
E o amor que nele existe
Fala mais, mostra que é real
E o amor que nele existe
Fala mais, mostra que é real
Não sei, dizer
Mas sei, sei sorrir pra você
Você, não diz
Já sei, tudo que quer me dizer
Mas sei, sei sorrir pra você
Você, não diz
Já sei, tudo que quer me dizer
E assim a gente entende
O amor todo em silêncio
Tão bom se a gente sente
Falar pra que
O amor todo em silêncio
Tão bom se a gente sente
Falar pra que
Luciana Mello
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Quando a Torta o rabo Porca
SONETO LXXXVIII
Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.
William Shakespeare
Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.
BiChArAdA
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
O animal é tão bacana
Mas também não é nenhum banana.
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
Quando a porca torce o rabo
Pode ser o diabo
E ora vejam só.
Au, au, au. Cocorocó.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
O animal é tão bacana
Mas também não é nenhum banana.
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
Quando a porca torce o rabo
Pode ser o diabo
E ora vejam só.
Au, au, au. Cocorocó.
Era uma vez
(E é ainda)
certo país
(E é ainda)
Onde os animais
Eram tratados como bestas
(São ainda, são ainda)
Tinha um barão
(Tem ainda)
Espertalhão
(Tem ainda)
Nunca trabalhava
E então achava a vida linda
(E acha ainda, e acha ainda)
(E é ainda)
certo país
(E é ainda)
Onde os animais
Eram tratados como bestas
(São ainda, são ainda)
Tinha um barão
(Tem ainda)
Espertalhão
(Tem ainda)
Nunca trabalhava
E então achava a vida linda
(E acha ainda, e acha ainda)
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
O animal é paciente
Mas também não é nenhum demente.
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
Quando o homem exagera
Bicho vira fera
E ora vejam só.
Au, au, au. Cocorocó.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
O animal é paciente
Mas também não é nenhum demente.
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
Quando o homem exagera
Bicho vira fera
E ora vejam só.
Au, au, au. Cocorocó.
Puxa, jumento
(Só puxava)
Choca galinha
(Só chocava)
Rápido, cachorro
Guarda a casa, corre e volta
(Só corria, só voltava).
Mas chega um dia
(Chega um dia)
Que o bicho chia
(Bicho chia)
Bota pra quebrar
E eu quero ver quem paga o pato
Pois vai ser um saco de gatos
(Só puxava)
Choca galinha
(Só chocava)
Rápido, cachorro
Guarda a casa, corre e volta
(Só corria, só voltava).
Mas chega um dia
(Chega um dia)
Que o bicho chia
(Bicho chia)
Bota pra quebrar
E eu quero ver quem paga o pato
Pois vai ser um saco de gatos
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
O animal é tão bacana
Mas também não é nenhum banana.
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
Quando a porca torce o rabo
Pode ser o diabo
E ora vejam só.
Au, au, au. Cocorocó.
Au, au, au. Cocorocó.
Au, au, au. Cocorocó.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
O animal é tão bacana
Mas também não é nenhum banana.
Au, au, au. Hi-ho hi-ho.
Miau, miau, miau. Cocorocó.
Quando a porca torce o rabo
Pode ser o diabo
E ora vejam só.
Au, au, au. Cocorocó.
Au, au, au. Cocorocó.
Au, au, au. Cocorocó.
Os Saltimbancos
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Signo da visão de longo alcance
Copyright © 2012. Ligiane Braga. De Todos os Direitos Reservados. Reprodução Proibida - ® de Todos os Direitos Reservados |
Nenhum outro mito encarna tão fielmente o simbolismo de Sagitário quanto esse, que nos foi deixado pelos antigos gregos:
Quíron era o príncipe dos centauros - raça de imortais, metade homem, metade cavalo. Ele vivia na floresta da Arcádia, na Grécia, e era respeitado por sua sabedoria. Foi professor de todos os heróis e semideuses da época, ensinando com sua metade animal as artes da guerra, e com sua metade humana, filosofia, ética e medicina.
Um dia, voltando de um dos seus trabalhos, Hércules, ao abraçar Quíron, sem querer deixou cair uma flecha envenenada que trazia consigo e, para desespero de ambos, feriu o centauro em uma das coxas. Desesperado e dor, ele embrenhou-se na floresta em busca de um remédio, mas não o encontrou. Suplicou a Zeus, senhor do Olimpo, que o matasse, mas, como era imortal, isso não foi possível. A partir de então, ele viveu por muitos anos orientando os guerreiros com a mesma dedicação, sem contudo encontrar a própria cura, tornando-se "o curandeiro ferido".
Um dia, Zeus, compadecendo-se de tanto sofrimento, dedicação e humildade, transportou o príncipe para os céus, transformando-o na constelação de Sagitário. Afinal, ele havia conquistado sua liberdade.
(trexo do livro de Astrologia de Glória Britho)
BebeR
"Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas."
Charles Bukowski
Fotos by Ligiane Braga Copyright © 2012. Ligiane Braga. De Todos os Direitos Reservados. Reprodução Proibida - ® |
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Prosopopéia Subterfúgica
desenho by Tum |
Nenmim cresceu
Nenmim subiu
Nenmim correu
Nenmim respirou
Nenmim pensou?
Nenmim viu?
Nenmim percebeu?
Nenmim caiu?
Nenmim sorriu?
Nenmim chorou...
Nenmim desistiu...
Nenmim nem ligou...
Nenmim diminuiu...
Nenmim desligou...
Nenmim recresceu!
Nenmim recriou!
Nenmim disparou!
Nenmim aprendeu!
Nenmim amou!
Nenmim nem sabe
Mas Nenmim viveu?
Nenmim acha que sabe...
Mas Nenmim brilhou!
Nenmim vai lá, antes que acabe.
Nenmim
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
ViVa!!!
Vadia
Várzea
Várzea
Velha
Vulgar
Vaidade.
Vento
Vai
Vem
Vontade
Vômito
Vandalidade.
Versos
Verídicos
Várzea
Vaginal
Varizes.
Vilões
Variedade
Vaca
Volátil
Vida
Varrida.
Tum
+- 13 anos atrás
A ÁRVORE DA SERRA
- As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
- Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minha'alma!...
- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
Augusto dos Anjos
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Nú! Vens!
Nu Vens!
Condensado no limo
Da ânsia dos encontros
Dos em laços insanos.
Amantes sem doma,
Domesticados no leito
No peito a ganância
Da carícia arroubada.
Roube um beijo!
Singelo detalhe
Aflorado desejo;
Suor amplificado
Me molhe, me tente
Alhures em nenhures
Sou sua'nuente
Vêm, enfia-me os dentes!
Involúvelmente volúvel
Deito em suas correntes,
Aparafusada, aconchego-te
Imbuídos na mobilidade imóvel.
(...)
Condensado no limo
Da ânsia dos encontros
Dos em laços insanos.
Amantes sem doma,
Domesticados no leito
No peito a ganância
Da carícia arroubada.
Roube um beijo!
Singelo detalhe
Aflorado desejo;
Suor amplificado
Me molhe, me tente
Alhures em nenhures
Sou sua'nuente
Vêm, enfia-me os dentes!
Involúvelmente volúvel
Deito em suas correntes,
Aparafusada, aconchego-te
Imbuídos na mobilidade imóvel.
(...)
NuveM
Única
Completado seu siclo
Cria asas
Torna-se anjo
Vai pro céu
Condensado seu 'into'
Invisível
Vaga pelo mundo
Viaja volúvel
Ao fundo flutua.
Quando pedimos
Precisamos, carência
Transforma
Cai na Terra
Limpando, energizando-nos
Deita sobre nós
Para acalmar
O calor das angústias
Pobres mortais
Sonham em vida
Poder voltar
Após a morte
Ao Mundo
Reciclar
Onde ela
Desde o princípio
Insôfrega reina
Indo e vindo
Do céu pra Terra
Do inferno ao limbo
Passeia por dentro de nós
Caminha em mares e rios
Passa e esvai
Escorre em vidas
Ela, sobrevivente do caos
Criado pelo 'pensanatório'
Imaginação?!
De seres que
Julgam-se algo,
Imortalidade no querer
Mas temem
São algo vão
Força!
Valei-nos de sua (Omni)potência
Sede de ti, seca...
Bem natural
Anjo do Céu
Faz sombra na Terra.
Tum
+- 13 anos atrás
adaptado hj
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Shhh!
Assim eu penso
Assim eu danço
Assim descanso
Silêncio
Sou só espírito
Sou ser empírico
Sou sim simplório
Silêncio
Assim de balaio
Assim me alcanço
Silêncio
É meu refúgio
É um incógnito
É meu mistério
Silêncio
Assim sou santo
Assim sai tato
Assim sem manto
Silêncio
Aos meus ouvidos
Aos meus encantos
Aos meus amigos.
Acho que estou vivendo de mais, esquecendo de escrever...
"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso."
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
@ PITU
Vai-te e vai assim sem medo
se me permite, revelo-te um segredo;
Não é porque afastastes de mim-
desse jeito estranho, tão bruscamente assim-
que nos perdemos nesta vida ou na outra,
na passada, presente mais que perfeita, pretérita e futura...
continuamos juntos, dentro do corpo, da luz, da mente,
da ideia, do amor, do Zé, tudo do mais puro dentro da gente.
Vai-te, segue seu novo caminho
carinho e muitas bolinhas, sem nenhum espinho!
o melhor de ti permaneceu,
nossa história, todas as vezes q me lambeu,
todo nosso amor q é só seu e meu
todas as comidas gostosas q tu comeu
que ninguém há de lembrar.
Mas o q importa é que comigo sempre vai estar
nesta pessoa q juntos, tu e eu, conseguimos nos transformar
Vai-te, e quem sabe, se o destino achar,
Tu vais voltar, quem sabe até abanar um rabo
O cachorro mais sociável do mundo
muito antes do que minha imaginação alcance!
te amo sempre
Lindoau
és aeiou pitu!
(2/05/12)
quarta-feira, 18 de julho de 2012
BRASIS
Tem um Brasil que é próspero
Outro não muda
Um Brasil que investe
Outro que suga...
Outro não muda
Um Brasil que investe
Outro que suga...
Um de sunga
Outro de gravata
Tem um que faz amor
E tem o outro que mata
Brasil do ouro
Brasil da prata
Brasil do balacochê
Da mulata...
Outro de gravata
Tem um que faz amor
E tem o outro que mata
Brasil do ouro
Brasil da prata
Brasil do balacochê
Da mulata...
Tem um Brasil que é lindo
Outro que fede
O Brasil que dá
É igualzinho ao que pede...
Outro que fede
O Brasil que dá
É igualzinho ao que pede...
Pede paz, saúde
Trabalho e dinheiro
Pede pelas crianças
Do país inteiro
Lararará!...
Trabalho e dinheiro
Pede pelas crianças
Do país inteiro
Lararará!...
Tem um Brasil que soca
Outro que apanha
Um Brasil que saca
Outro que chuta
Perde, ganha
Sobe, desce
Vai à luta bate bola
Porém não vai à escola...
Outro que apanha
Um Brasil que saca
Outro que chuta
Perde, ganha
Sobe, desce
Vai à luta bate bola
Porém não vai à escola...
Brasil de cobre
Brasil de lata
É negro, é branco, é nissei
É verde, é índio peladão
É mameluco, é cafuso
É confusão
É negro, é branco, é nissei
É verde, é índio peladão
É mameluco, é cafuso
É confusão...
Brasil de lata
É negro, é branco, é nissei
É verde, é índio peladão
É mameluco, é cafuso
É confusão
É negro, é branco, é nissei
É verde, é índio peladão
É mameluco, é cafuso
É confusão...
Oh pindorama eu quero
Seu porto seguro
Suas palmeiras
Suas feiras, seu café
Suas riquezas
Praias, cachoeiras
Quero ver o seu povo
De cabeça em pé...
Seu porto seguro
Suas palmeiras
Suas feiras, seu café
Suas riquezas
Praias, cachoeiras
Quero ver o seu povo
De cabeça em pé...
Quero ver o seu povo
De cabeça em pé...
De cabeça em pé...
Composição: Seu Jorge/Gabriel Moura/Jovi Joviniano
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Zerdrücken
a hora veio,
a noite veio,
os gatos miam
e já amanhece no Alentejo...
Mas eu vejo,
olho pro lado,
onde mentes viajam
ao invés de fechar os olhos...
abri a porta;
entra Sônia!
agora pendejo,
a insônia fica,
os gatos miam
e já é dia no Alentejo...
os gatos miam
e já amanhece no Alentejo...
Mas eu vejo,
olho pro lado,
onde mentes viajam
ao invés de fechar os olhos...
abri a porta;
agora pendejo,
a insônia fica,
os gatos miam
e já é dia no Alentejo...
Tum Aguiar
14
Nem sempre uma coisa tem haver com a outra e outra nem sempre é a uma coisa...
domingo, 3 de junho de 2012
Lembrando de algum natal passado qualquer por ai...
Só na lembrança msm...
Nada a acrescentar... ou não...
domingo, 27 de maio de 2012
A metade de mim (do(i)s elefantes)
a sede errada, a sede forcada de ressaca,
mas a sede de cc
mas a sede de cc
vc
a ressaca, a culpada é a vodka,
o erro, a culpada é a desinformação da inflamação do ego,
a forca, a culpada é a gravata,
O sorriso no canto da boca, a culpada é lindamente tu
o erro, a culpada é a desinformação da inflamação do ego,
a forca, a culpada é a gravata,
O sorriso no canto da boca, a culpada é lindamente tu
O sorriso no canto da boca, a culpada é lindamente você
o medo de ser ou nao ser a culpada é exageradamente eu, mim, eu.
a isso tudo, somos as culpadas,
os personagens.
o medo de ser ou nao ser a culpada é exageradamente eu, mim, eu.
a isso tudo, somos as culpadas,
os personagens.
as personagens
é feminino, é sexto sentido
é sentimento intimo
é o saciar das vontades
é feminino, é sexto sentido
é sentimento intimo
é o saciar das vontades
são as vontades,
são os pensamentos, poucos ou não,
são sempre sempre, eu e vc,
e talvz os elefantes, talvez tanta coisa
são os pensamentos, poucos ou não,
são sempre sempre, eu e vc,
e talvz os elefantes, talvez tanta coisa
tanta tanta coisa
em tão tão pouco tempo
Deixar deixar passar?
Não não é esse o momento
em tão tão pouco tempo
Deixar deixar passar?
Não não é esse o momento
não deixar passar,
e o talvez sempre volta,
talvez o nada, talvez a ilusao,
tambem talvez o amor.
talvez sempre voce
talvez nunca voce
e o talvez sempre volta,
talvez o nada, talvez a ilusao,
tambem talvez o amor.
talvez sempre voce
talvez nunca voce
o nunca, o não, o nada
quero o nunca deixei de tentar
eu não deixei passar
quero q nada fique entre nós
crescemos juntas
descobrimos portas
passamos por elas
gosto de sentir o frio na barriga
gosto de imaginar sua mão gelada
gosto de querer seu abraço e sua boca molhada
descobrimos portas
passamos por elas
gosto de sentir o frio na barriga
gosto de imaginar sua mão gelada
gosto de querer seu abraço e sua boca molhada
gosto de imaginar eu, eu e vc,
imaginar teu corpo no meu abraço,
teu corpo em mim.
gosto de vc assim, descabelada,
bonita, linda, talvez a mais do planeta,
mas a mais da minha vida,
gosto de voce desde que te vi,
desde que te enxi,
não é facil gostar, mas de vc eu gosto,
sinto minhas mãos em você e as tuas em
mim, os meus pés com ou sem meia,
nos teus pés de unhas vermelhas
imaginar teu corpo no meu abraço,
teu corpo em mim.
gosto de vc assim, descabelada,
bonita, linda, talvez a mais do planeta,
mas a mais da minha vida,
gosto de voce desde que te vi,
desde que te enxi,
não é facil gostar, mas de vc eu gosto,
sinto minhas mãos em você e as tuas em
mim, os meus pés com ou sem meia,
nos teus pés de unhas vermelhas
por favor tire as meias
quero palavras inteiras
quero suspiros de prazer
quero que pulsem as veias
tire de mim o meu ser
tire de seu rosto as rugas
de algum medo do que
esta por vir, do que encontrarás
tire minha calça e minha blusa
quero minha pele em vc
quero palavras inteiras
quero suspiros de prazer
quero que pulsem as veias
tire de mim o meu ser
tire de seu rosto as rugas
de algum medo do que
esta por vir, do que encontrarás
tire minha calça e minha blusa
quero minha pele em vc
tire de mim a vergonha,
tire de mim a aflicao e o medo,
tire de mim tudo q impeça de ser eu,
mesmo eu querendo ser,
coloque em mim um pouco de alcool,
converse comigo, eu sou tua.
tirarei tua blusa e tua calca,
o q necessario sera tirado,
sera tirado a dor do passado, e o medo
do furuto.
quero eu e vc um ser, um só. eu e vc, quero
tirar o 'e' entre nós. quero nós euevc assim, juntos.
tire de mim a aflicao e o medo,
tire de mim tudo q impeça de ser eu,
mesmo eu querendo ser,
coloque em mim um pouco de alcool,
converse comigo, eu sou tua.
tirarei tua blusa e tua calca,
o q necessario sera tirado,
sera tirado a dor do passado, e o medo
do furuto.
quero eu e vc um ser, um só. eu e vc, quero
tirar o 'e' entre nós. quero nós euevc assim, juntos.
tire os espaços
tire as letras
tire as palavras
juntas ja estamos
juntas ficaremos
respiração, arrepios
pele ouriçada
cerebro mudo
mãos fechadas
aperadas entrelaçadas
coxas e bocas
juntas no nosso nada
tire as letras
tire as palavras
juntas ja estamos
juntas ficaremos
respiração, arrepios
pele ouriçada
cerebro mudo
mãos fechadas
aperadas entrelaçadas
coxas e bocas
juntas no nosso nada
02:55
nao há nada q eu diga,
q demonstre oq se passa aqui,
pode ser o fim das palavras e
inicio dos desejos,
pode ser a continuacao de tanta coisa
pode ser o fim,
pode ser p sempre vc cmg, eu com vc,
ou o nunca, mesmo nunca dizendo nunca,
pode eu e vc, juntas,
eu e vc, sinonimo,
eu e vc, amor.
nao que seja amor p toda vida, mais sim,
é amor p mim, amor rapido ou nao,
amor.
desejo, voce.
q demonstre oq se passa aqui,
pode ser o fim das palavras e
inicio dos desejos,
pode ser a continuacao de tanta coisa
pode ser o fim,
pode ser p sempre vc cmg, eu com vc,
ou o nunca, mesmo nunca dizendo nunca,
pode eu e vc, juntas,
eu e vc, sinonimo,
eu e vc, amor.
nao que seja amor p toda vida, mais sim,
é amor p mim, amor rapido ou nao,
amor.
desejo, voce.
desejo você
e sim, algum tipo de amor surgiu, o tipo q não tem tipo, o tipo q não é julgado, o amor simplificado, o amor puro sentido, o amor desejado, o amor do tipo raro, um amor que ficara guardado, ficara em mim, um amor desarmado, um amor de duas almas desencontradas do tipo q não tem tipo, enfim, uma, pois já não somos duas
o amor q eu queria entender,
mais vc consegue me fazer nao entender, e sentir, sentir muito.
sentir em tudo, sentir voce. presente,
mesmo distante. somos duas em uma, uma em duas. mas somos uma, distantes, metade da metade.
a metade de mim q sorri!
03:10
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