A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.


às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Arroto da Menina Mosca

Quando somos Lixo
O  Escárnio da boca sem dente
O excremento do bicho
Que pensamos insistentemente
Acreditamos acreditar acreditando
Aquela conversa que engolimos à Seco
Quando nascemos no mundo já perdido
Já bonecos mantidos à Vácuo
Já pessoa 'se achando' que é gente
Que não passa de Bosta
O travesso do tropeço da 'blasfemente'
O Arroto da menina MOSCA!

Tum

2 comentários:

  1. esperamos pela vida,
    vivemos só de guerra.

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  2. Alcoólicas

    (I)

    É crua a vida. Alça de tripa e metal.
    Nela despenco: pedra mórula ferida.
    É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
    Como-a no livor da língua
    Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
    No estreito-pouco
    Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
    Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
    E perambulamos de coturno pela rua
    Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
    A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
    E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
    Olho d’água, bebida. A vida é líquida.

    Hilda Hilst

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