A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.


às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Onde estão os tanques de antanho?


Flavio Aguiar, de Berlim.

Como uma singela homenagem a François Villon.

Onde estão os tanques de antanho?
Um General de Pijama.

Ah! Onde estão os tanques de antanho,
As fardas verde-oliva, nas ruas a desfilar?
Por que vejo, de nosso golpe, o desfibrar,
Contido no ar paisano, que em meu nariz apanho?

Ah! Que saudades do velho golpe militar,
Cuja dureza, o atual, mal e mal arranha!
Minh'alma para o antigo este assanha,
Mas estamos reduzidos a mero golpe parlamentar!

Não sei o que dizer às novas gerações,
Nem a seus ínclitos, pátrios corações:
Ide, ousai, sejais feros no pútrido covil

Das esquerdas, solertes, e daqueles mamões
Do Estado, mas só de um lado! Os direitões
Poupai, pois são dos nossos, embora em paletó civil!

verdeamarelistas...

Lembrei de um poema que li na revista de antropofagia (1928): 
"Verde e amarelo dá azul?
Não, dá azar!"

Tão atual...