A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.


às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O SambistA

Não se preocupe não Dotô
Que esta dor, é dor de amor
Não foi o frio, a chuva fina
Nem o sereno não sinhô

Dizem que é bom ficar sozinha
Que fortalece o coração
Mas isso é conselho de quem nunca
Se entregou a uma ilusão

Ah! 
Somente o sampa pode consolar
Nos embalar numa cadência
Nos invadir e assim curar

Eu sei
Todo sambista é aproveitador
Tira da dor inspiração
E segue batucando sobre a solidão

E é por isso seu Dotô
Que o seu remédio não me tem valor
Não faz efeito contra o mal
Que não é doença, é só, é mal de amor

Mas já me sinto melhorzinha
E agradeço por sua atenção
Agora deixa eu lhe mostrar este sambinha
Que fiz na companhia do meu violão.

IEDA CRUZ

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Alcoólicas

É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.
(Alcoólicas - I)

* * *

Também são cruas e duras as palavras e as caras
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida
Diante do coruscante ouro da bebida. Aos poucos
Vão se fazendo remansos, lentilhas d'água, diamantes
Sobre os insultos do passado e do agora. Aos poucos
Somos duas senhoras, encharcadas de riso, rosadas
De um amora, um que entrevi no teu hálito, amigo
Quando me permitiste o paraíso. O sinistro das horas
Vai se fazendo tempo de conquista. Langor e sofrimento
Vão se fazendo olvido. Depois deitadas, a morte
É um rei que nos visita e nos cobre de mirra.
Sussurras: ah, a vida é líquida.
(Alcoólicas - II)

* * *

E bebendo, Vida, recusamos o sólido
O nodoso, a friez-armadilha
De algum rosto sóbrio, certa voz
Que se amplia, certo olhar que condena
O nosso olhar gasoso: então, bebendo?
E respondemos lassas lérias letícias
O lusco das lagartixas, o lustrino
Das quilhas, barcas, gaivotas, drenos
E afasta-se de nós o sólido de fechado cenho.
Rejubilam-se nossas coronárias. Rejubilo-me
Na noite navegada, e rio, rio, e remendo
Meu casaco rosso tecido de açucena.
Se dedutiva e líquida, a Vida é plena.
(Alcoólicas - IV)
* * *
Te amo, Vida, líquida esteira onde me deito
Romã baba alcaçuz, teu trançado rosado
Salpicado de negro, de doçuras e iras.
Te amo, Líquida, descendo escorrida
Pela víscera, e assim esquecendo
Fomes
País
O riso solto
A dentadura etérea
Bola
Miséria.
Bebendo, Vida, invento casa, comida
E um Mais que se agiganta, um Mais
Conquistando um fulcro potente na garganta
Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.
Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos
Quando não sou líquida.
(Alcoólicas - V

HILDA HILST 

sábado, 24 de agosto de 2013

"A maior riqueza do homem
é a sua incompletude. 
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito. 

Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, 
que puxa válvulas, que olha o relógio, 
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis, 
que vê a uva etc. etc. 

Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas." 



Manoel de Barros.

sábado, 17 de agosto de 2013

Uma porção de Silêncio, Por favor!

No silêncio de minh'alma
Existe um turbilhão de gritos
Muitos raivosos, muitos famintos, muitos aflitos
Mas meus pés e joelhos pedem calma.

No meio da multidão de Eus
Estou escondida,
Tentando passar desapercebida
Mas algo centáurico grita num coração. Adeus.




É o desespero d'um saber
É a angústia d'um amar
São os olhos que pensam ver
É a mente que tenta mim enganar.

Vou fechar os ouvidos e abrir a boca
Vou inventar o berro do silêncio
Vou escutar o cheiro da forca
Vou ver com o peito aberto e vazio-selênio.


Tum Aguiar

O 6 que era 8

Os dias se alongaram, aram, aram
Minha coluna encurtou, curvada
Os ânimos se passaram, aram, aram
Minha respiração estancou, estacionada

Dentro de minha'alma, falta alma,
Os dentes querem morder, lamber
Meu coração que derrama, lama, ama
Na cabeça, imaginação podia não ser, saber.

Quero pífanos, rabecas e acordeons
Contra baixos-acústicos, guitarras elétricas distorcidas e baterias
Gaitas de fole, de boca, de mão, qualquer coisa com som!

Mais alto que a angústia existencialista, a teimosia
Mais grave que a dor interior, o rancor.
Amor, volte, toque-me, sopre-me, deseje-me, tangendo alegria!


Tum Aguiar

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

FEIJOADA COMPLETA

Mulher, você vai gostar:
Tô levando uns amigos pra conversar.
Eles vão com uma fome
Que nem me contem;
Eles vão com uma sede de anteontem.
Salta a cerveja estupidamente
Gelada pr'um batalhão
E vamos botar água no feijão.
Mulher, não vá se afobar;
Não tem que pôr a mesa, nem dá lugar.
Ponha os pratos no chão e o chão tá posto
E prepare as lingüiças pro tiragosto.
Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão
E vamos botar água no feijão.
Mulher, você vai fritar
Um montão de torresmo pra acompanhar:
Arroz branco, farofa e a malagueta;
A laranja-bahia ou da seleta.
Joga o paio, carne seca,
Toucinho no caldeirão
E vamos botar água no feijão.
Mulher, depois de salgar
Faça um bom refogado,
Que é pra engrossar.
Aproveite a gordura da frigideira
Pra melhor temperar a couve mineira.
Diz que tá dura, pendura
A fatura no nosso irmão
E vamos botar água no feijão.

Chico Buarque

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O v O


cheguei
ouvi
senti
li
lambi
comi
caguei
quase falei
Tum Aguiar
senti de novo
e de novo
quase pus um ovo.
levantei
menti
sofri
sorri
lamentei
me enganei
me sentei
me fodi
caguei de novo
levantei de novo
quase pus um ovo.
tá!
entendi
percebi
cresci
nasci
renasci
andei
olhei
fiquei
achei
mereci.
...
caguei o ovo!!!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

10 de Copas

ACEITE A FELICIDADE!

O 10 de Copas emerge como arcano de aconselhamento para você neste momento, lembrando-lhe que aceitar a felicidade é o primeiro passo para obtê-la. A maioria de nós não é feliz simplesmente porque acha que não merece sê-lo. Abra-se às circunstâncias prazerosas, conheça gente, abra seu coração e você perceberá que a felicidade afetiva não é algo que só existe em filmes. Este é um momento para você se dedicar exclusivamente às coisas que lhe dão prazer. Faça uma lista das coisas que você gosta e procure cultivá-las, convidando a pessoa querida para estar com você nestes momentos. Quanto mais feliz você estiver neste momento, mais esta felicidade se multiplicará. Deixe para resolver as chateações e preocupações em outros momentos.

Conselho: Viva o prazer!
Tum, 10 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Augusto dos Anjos

BUDISMO MODERNO

Tome, Dr., esta tesoura, e... corte
Minha singularíssima pessoa.
Que importa a mim que a bicharada roa
Todo o meu coração, depois da morte?!

Ah! Um urubu pousou na minha sorte!
Também, das diatomáceas da lagoa
A criptógama cápsula se esbroa
Ao contato de bronca destra forte!

Dissolva-se, portanto, minha vida
Igualmente a uma célula caída
Na aberração de um óvulo infecundo;

Mas o agregado abstrato das saudades
Fique batendo nas perpétuas grades
Do último verso que eu fizer no mundo!

SOLITÁRIO

Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta.
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
-Velho caixão a carregar destroços-

Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

IDEALISMO

Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?!

Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
-Alavanca desviada do seu fulcro-

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!

domingo, 4 de agosto de 2013

PIOLHO


A moça que tem piolho, seu môço
Não vai na festa, não vai na festa, não vai na festa.

A moça que tem piolho, seu môço
Não vai na festa, não vai na festa, não vai na festa.

Quando a moça vai dançando, seu môço
O piolho desce pela testa, não vai na festa, não vai na festa.
(domínio público)

Um epigrama contra os verdeamarelistas:

COMBINAÇÃO DE CORES

Verdamarelo
Dá azul?
Não
Dá azar.

(Jacó-pum-pum)
Revista de Antropofagia

Diabo Brasileiro

Enxofre, botija, gallinha preta.
Credo em cruz, capeta, pé de pato
Diabo Brasileiro, dente de ouro, botija onde está?
Credo, capeta, pé de pato!

Diabo Brasileiro quero saber quando dá
a dezena do carneiro?
Enxofre, botija, gallinha preta.
Credo em cruz, capeta, pé de pato

Capeta, dente de ouro, tome gallinha preta,
quero dormir com a Zefa!
Capeta, bode preto, quero dormir com a Zefa!

Capeta, diabo Brasileiro, só lhe dou gallinha preta!
Capeta quero casar  com a Zefa, quero que sê o Vigario
me case logo com a Zefa!

Capeta tome gallinha preta!
Capeta, diabo Brasileiro, quando dá
a centena do macaco?
Quero quebrar banqueiro, capeta damnado, pé de pato,
dente de ouro, cheiro de enxofre, tome gallinha preta!
Capeta, pé de pato, quero acertar com o bicho,
quero comprar gravata, botina de bico fino,
terno de casemira pra quando Zefa me vêr.
Capeta, pé de pato, tome gallinha preta!

Capeta, pé de pato, dente de ouro, quero dente de ouro,
quero capa de borracha, punho engomado, camisa,
bengalla castão de ouro, capeta, pé de pato,
tome gallinha preta!

Quero  saber suas partes, suas sabedorias,
quero saber mandingas,
Capeta, pé de pato, tome gallinha preta,
que eu quero quebrar banqueiro, que eu quero tirar botija,
que eu não quero é trabalhar, que eu também sou Brasileiro!

(MACEIO)
Jorge Lima

Revista de Antropofagia
Ano I - número 6 
outubro- 1928

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ALFABETIZAÇÃO (pra quem quiser saber)

alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do acto de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento.1 Todas essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos. O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita.2 A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral.3
A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.4

Letramento[editar]

Latin C.png
Latin B.png
Latin A.png
Segundo Soares (2003), o termo letramento surgiu em 1980, como verdadeira condição para sobrevivência e a conquista da cidadania, no contexto das transformações culturais, sociais, políticas, econômicas e tecnológicas. Ampliando, assim o sentido do que tradicionalmente se conhecia por alfabetização.5 Letramento não é necessariamente o resultado de ensinar aler e a escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita (SOARES, 2003). Surge, então, um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato” (MICHAELIS), e que agora passa a caracterizar o indivíduo que, sabendo ler ou não, convive com as práticas de leitura e escrita. Por exemplo, quando um pai lê uma história para seu filho dormir, a criança está em um processo de letramento, está convivendo com as práticas de leitura e escrita. Não se deve, portanto, restringir a caracterização de um indivíduo letrado ao que domina apenas a técnica de escrever(ser alfabetizado), mas sim aquele que utiliza a escrita e sabe "responder às exigências de leitura e escrita que a sociedade faz continuamente"6 O que entende-se hoje como letramento é dominar a leitura e a escrita, neste sentido uma pessoa letrada é aquela que as domina e utiliza com competência, em seu meio social, pois só assim o indivíduo se tornará alfabetizado e letrado. De acordo com a autora Soares há a necessidade de diferenciá-los, pois pode-se confundir os dois processos, gerando assim um conflito na compreensão dos mesmos; e ao aproximá-los percebemos que a alfabetização pode modificar o entendimento de letramento, como ao mesmo tempo depende dele.
Hoje, tão importante como conhecer o funcionamento do sistema de escrita é poder se engajar em práticas sociais letradas, respondendo aos inevitáveis apelos de uma cultura grafocêntrica. Assim, enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio- históricos da aquisição de uma sociedade.
Tfouni, 1995, p. 20)
Ou seja ao mesmo tempo que a alfabetização e letramento são dois processos distintos, estão interligados. Pois, para ser uma pessoa letrada, é importante já ter passado pelo processo de alfabetização.
7 8

Leitura[editar]

O aprendizado da leitura é um momento importante na educação, que começa na alfabetização e se estende por toda educação básica. Consiste em garantir que o [estudante|aluno] consiga ler e compreender textos, em todo e qualquer nível de complexidade. Uma vez alfabetizado, é possível o indivíduo ampliar seu nível de leitura e de letramento, de forma a tornar-se um sujeito autônomo e consciente. O principal suporte para a alfabetização é a leitura, pois lendo com frequência facilita a fixar a grafia correta das palavras ou seja, o aprendizado. Sabemos que a leitura esta ao nosso redor, nos fazendo ler o tempo todo, mas é necessário que a escola não se limite ao significado e a essa função que se atribui á leitura.Algumas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, por não serem praticadas. Através da leitura rotineira, os conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Toda escola, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica. A leitura é fundamental no desenvolvimento do ser humano onde a escola possui um papel importante no desenvolvimento do hábito de ler.

Colagénio

Quero sim, voltar pro inferno
volver o ar, esquentar o cérebro

este céu, cheio de ébanos
não é o meu lugar, meu esfério.

Só sofro, só choro, só amoleço,
só não aconteço, adamito, só adverso.

quero junto, quero contigo,
nada de fácil, mas admitivel.
quero amando, quero amivel!
nada de tempo, nada de admicível...

quero sim, voltar pro inferno
lá tenho algo Bermo...

nada de raiva ébria tenho
cultivarei amor colérico

só quero, só mofo, só almejo
só não antece, adevinha, só colagénio!


Tum Aguiar, 2013

fotos de Ligiane Braga, 2012




" pisada do gato preto
é uma pisada miúda.
pisada do gato preto
é uma pisada miúda.

evento Tacti
oi! sustenta a pisada 
a pisada do gato
a pisada é miúda
é miúda a pisada
a pisada do gato
sustenta a pisada
oi! pisada do gato
a pisada miúda
fique com o gato
que eu fico com a gata
a pisada do gato
a pisada é miúda
é miúda a pisada
a pisada do gato

pisada do gato preto
é uma pisada miúda.
pisada do gato preto
é uma pisada miúda."

miaauuu

Banda Pífanos de Caruaru

PontO

Aprendi que amores eternos podem acabar em uma noite. Que grandes amigos podem se tornar ferrenhos inimigos. Que o amor, sozinho, não tem a força que eu imaginei. Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno. Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos. Que confiança não é questão de luxo, e sim de sobrevivência. Que os poucos amigos que te apóiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram. Que o nunca mais nunca se cumpre, e que o pra sempre sempre acaba. Que minha família com suas 1000 diferenças, está sempre aqui quando eu preciso. Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe desde que o mundo é mundo. Que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo. Que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido.
desconhecido(a)