A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.


às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

AMOR

Vazio
Isolamento perfeito
Desconfortável e frio


Solidão
Paz e loucura
Ideal emoção


Cura
Noção perdida
Angústia antes do tesão


Prazer es
Cala frio hoje riza 
Dor  gostosardente


Filhos do medo
Pés dormentes
Arrependimento... Não


So(la)mente
Vivo
Quero amar loucamente!

Tum
+- 2001

Sonhosohnos

foto: Tum
Pedras
Frias 
Melancólicas

Moças
Bonitas
Sem bocas

Pessoas 
comuns Lixos
Sem cérebro

Sombras
Refugiadas
Da peste

Sociedades
Demoníacas
Alienadas

Se acabam
Piscam-se olhos
Brancas nuvens...


Tum
+- 1998

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Agilulfo

"(...) Na hora do alvorecer, Agilulfo precisava sempre dicar-se a um exercício de precisão: contar objetos, ordená-los em figuras geométricas, resolver problemas de aritmética. É a hora em que as coisas perdem a consistência de sombra que as acompanhou durante a noite e readquirem pouco a pouco as cores, mas nesse meio tempo atravessam uma espécie de limbo incerto, somente tocado e quase envolto em halo pela luz: a hora em que se tem menos certeza da existência do mundo. Ele, Agilulfo, sempre necessitara sentir-se perante as coisas como uma parede maciça à qual contrapor a tensão de sua vontade, e só assim conseguia manter uma consciência segura de si. Porém, se o mundo ao redor se desfazia na incerteza, na ambiguidade, até ele sentia que se afogava naquela penumbra macia, não conseguia mais fazer florescer do vazio um pensamento distinto, um assomo de decisão, uma obstinação. Ficava mal: eram aqueles os momentos em que se sentia pior; por vezes, só as custas de um esforço extremo conseguia não dissolver-se. Aí, punha-se a contar: folhas, pedras, lanças, pinhas, o que lhe surgisse pela frente. Ou então colocava tudo em fila, arrumado em quadrados ou em pirâmides. Dedicar-se a essas ocupações exatas permitia-lhe vencer o mal-estar, absorver o desprazer, a inquietude e o marasmo, e retomar a lucidez e compostura habituais.(...)"


trexo do livro 'O cavaleiro inexistente' de Italo Calvino

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

11/12/11

É hora de dormir mesmo
Mesmo sem a chave
Mesmo na minha cama
Mesmo ainda não sendo 
Mesmo sozinha 
A insônia não me segura
É hora de dormir mesmo
 Dormindo o tempo muda
Voa, reflete, recua
Me deito e espero
Sonho e espero
A chegada do momento
De novamente
Respirar e ver o cheiro
O momento mesmo de ser 
Sempre pra sempre
Simples e viver

Tum

sábado, 10 de dezembro de 2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ISOS

"Se esta rua , se esta rua foce minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meus, para o meu amor passar.


Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração


Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque, é porque te quero bem..."

"Todo o dia o sol levanta
E a gente canta o sol de todo dia
Chega a tarde a terra cora
E a gente chora porque finda a tarde
Toda noite a lua é mansa
E a gente dança venerando a noite..."

"Dorminha pequena, não vale a pena despertar
Dorminha pequena, não vale a pena despertar
Eu vou sair, por ai a fora atras da aurora mais serena
Dorminha pequena, não vale a pena despertar"

"Boi boi boi, boi da cara preta
Pega essa menina que tem medo de careta!"

"Era uma vez, uma cobrinha, 
ela gostava de se esconder
Um belo dia, Dona cobrinha
fez um buraco e se escondeu!
Dona cobrinha! Dona cobrinha!
Tito areia deste buraco
pego a cobrinha ponho de lado
digo pra ela não mais fazer
este buraco e se ESCONDEU!"

"Esta é a ingrejinha 
esta é sua torrinha
abre a posta não tem ninguém
é dia de semana, ó meu bem
Esta é a ingreginha
esta é sua torrinha
abre a porta muita gente
é domingo,  estou contente"

"Era uma casa muito engraçada
não tinha teto não tinha nada 
Ninguém podia entrar nela não
porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi!
porque pinico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos numero zero..."

"Fui certa vez na casa de um japonês
o Japonês taco fumo no chão
A Japonesa começou a reclamar
e o japonês quis por a bomba em minha mão
e disse então: Cataí cataì, cataí catá
Cataí catái, cata cata já
Se tu me mandá, se tu me mandá catá japão
Cataí tu que tu que tacô no chão" 

Algumas das músicas que encantaram minha infância