A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão.


às vezes tenho vontade de entrar dentro de mim e arrancar fora este buraco que habita em mim, dai então, pular pra dentro dele!
Turmalina Antônia

segunda-feira, 30 de maio de 2011

inf...

‎"As palavras tornam finito o infinito."

A Expressão do Quatro no Mundo


 Para as religiões cristãs Deus é uma trindade, Pai-Filho-Espírito Santo. Nas tradições mais antigas, o quatro traz a própria definição do sagrado a partir de pares: luz e sombra, a Grande Mãe e seu consorte (o elemento fertilizador masculino), dia e noite, macho e fêmea, homem e mulher. Para os ameríndios, o quatro é um número de grande poder e expressão e está vinculado ao mundo simbólico e mitológico das suas tradições xamânicas.
 Entre os sinais representativos do quatro no mundo observa-se que a jornada de vida de ser humano tem quatro faces, ou idades: a da criança, do jovem, do adulto e do ancião.
 Também são quatro as Estações - Outono, Inverno, Primavera e Verão -, os Pontos Cardeais, existem quatro Ventos e quatro raças (vermelha, amarela, branca e negra, que são as cores representativas das quatro Direções). Há quatro elementos: Terra, Água, Ar e Fogo.
 Homens e mulheres possuem quatro corpos - físico, emocional, mental e espiritual -, e quatro membros. O coração humano, para estar no seu aspecto pleno, precisa estar cheio, aberto, puro e forte. Há quatro formas de curar (contar histórias, cantar, dançar e silenciar).
 A terra tem quatro camadas (atmosfera, hidrosfera, biosfera e litosfera), e a atmosfera também possui quatro partes (troposfera, estratosfera, ionosfera e exosfera). As árvores possuem raízes, troncos, folhas e frutos, e a Lua, quatro fases (nova, crescente, cheia e minguante).
 Na história da Criação do mundo em muitas tradições vemos que os deuses surgiram da relação entre os quatro elementos da natureza. No candomblé, por exemplo, o "Ar (Olorum) se moveu e originou a Água (Oxalá, ou seja, relação entre Ar e Água) e uma parte da matéria que se solidificou formou a Terra (Exu e Oduduá)" (Pai Cido de Òsun Eyin, in Candomblé, a Panela do Segredo).
 O homem surgiu do equilíbrio entre os quatro elementos e guarda em si uma parcela de água, outra de terra, uma de ar e outra de fogo. "Da fusão entre a água e a terra formou-se o barro, com o qual Obatalá moldou o corpo dos homens, o fogo serviu para assar esses corpos, dando a eles rigidez e cor e , finalmente, o sopro de Olodumaré foi o ar da vida" (Pai Cido de Òsun Eyin, obra citada).
 Vicki Noble, em Mãe Paz (Nova Era, 1998), comenta que o quatro forma "um quadrado ou cruz, figuras que imputam ordem juntamente com um certo sentido de limitação. O Quatro simboliza o elemento pesado da matéria física que envolve a personalidade. Na prática da magia ritualística, saúdam-se os quatro quadrantes do círculo mágico e invoca-se a presença dos quatro elementos no interior do círculo. Esse procedimento cria uma separação entre o espaço interior e o exterior, transformando-o em um espaço em que algo especial pode se desenrolar".
 Assim, muitos rituais dos povos indígenas acontecem com o propósito de reverenciar o quatro que marca, em muitos momentos, a Criação. O buscador da Visão honra as quatro Direções, a cerimônia da Sauna Sagrada tem quatro etapas para se entregar aos quatro Cantos do Universo, as energias que são trabalhadas ali fluem dos nossos corpos físico, emocional, mental e espiritual, do mesmo modo que o Cachimbo Sagrado também é oferecido aos quatro Avôs. 
 Os números, de um modo geral, sempre fascinaram o homem. Desde os tempos mais antigos que os místicos trabalhavam com este elemento em diversos tipos de magia e de conhecimento. O quatro na ciência da numerologia tem como qualidades-chave trabalho e disciplina. Sinaliza que o sucesso virá por meio do trabalho e aconselha aos seres humanos que dividam sua tarefa em partes e não queimem etapas.
 No Tarô, este número é a carta do Imperador que rege o auto-conhecimento e a sabedoria para ser aplicada com a finalidade de criar um mundo melhor. Esta carta também nos fala da necessidade de despertar para a unidade com o Criador, a graça e os tesouros espirituais encarregados no mundo material. Como expressa uma energia masculina, a carta do Imperador também se traduz no enrijecimento do intelecto e da necessidade do retorno à consciência da Deusa Mãe expressa na terra. O Imperador é um simbolo tradicional do patriarcado em sua forma ativa.
 (Magia Xamânica - Roda de Cura, Derval Gramacho e Victória Gramacho)
 quatro (4) é o número natural que segue o três e precede o cinco. É o primeiro número composto.
 Os ciganos acreditam que se você achar um trevo de quatro folhas em seu caminho ele lhe trará felicidade e fortuna. É um Símbolo da Sorte.
 O número quatro no Japão é considerado o número do azar, já que o som dele é parecido com a palavra "morte"Além de não utilizar o número 4 (shi) em andares de hospitais, logo naquele país evita-se o uso deste número em telefones celulares e em placas de carro.

Artigos sobre numero 4

    Curiosidades, Bizarro
 Total de 4 resultados.


   

sábado, 28 de maio de 2011

Noite de Lua cheia


Um pássaro
Persegue
Uma rã

Meu passo
Persegue 
Você

Com olhos
Que nada Vêem
Sinto seu cheiro

Perfume e suor
Exalam
Damas-da-noite

A mente confusa 
Não sabe realmente 
Quem é você

Ouço ruídos
Que só tu
Sabes fazer

Corujas e sapos
Fazendo sinfonia
Me guiam a você

Sinto-te
Envolvendo-me
Com seu bafo frio

Com o corpo 
Arrepiado de prazer
Sou mais presente

Durmo aquecida
Por teu Olhar dobrado
Noite de Lua cheia...

Tum 1998
(lua em escorpião, 2011)


quinta-feira, 26 de maio de 2011

O GalO



O Claro começa
A madrugada se impõe na noite
O breu dispersa
A lua deita
As estrelas que ali estavam
Tentam fugir
Assustadas
Com o cantar do galo.

E eu...
Tento dormir.


Tum
Poema de 14 anos atrás
desenho 05/2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

Boca

Mastigando com a boca fechada
Lacrada de palavras
Cabras sem grama pra comer
MerecidaMente ComEu Tudo
Mudo de boca cheia
Feia boca suja
Urra a mandíbula serrada!
Poema de + de 11 anos atrás
Foto de 2006
(nesta foto eu havia acabado de levar 60 pontos na perna)

Mão

Mãos fechadas
Apertadas para tirar água do joelho
Coelho sem pés
És apenas mão
Pão que o diabo não come
Fome?! Devora a si mesmo.
 Poema de + de 11 anos atrás
desenho cego de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Sim, sei bem!

"Sim, sei bem,Que nunca serei alguém.Sei de sobra,Que nunca terei uma obra.Sei, enfim,Que nunca saberei de mim.Sim, mas agora,Enquanto dura esta hora,Este luar, estes ramos,Esta paz em que estamos,Deixem-me crer O que nunca poderei ser."
(Fernando Pessoa)

sábado, 21 de maio de 2011

Vem, senta-te aqui...


‎"(...) -Vejo que não podes dormir.- Fez uma pausa, e acrescentou: -Como eu. Há muitos anos, o sono me abandonou. Então venho pra cá, pensar um pouco na vida, lembrar do passado.
-E vale a pena? -perguntei.
Ela sorriu de novo.
-Não sei. Mas, na falta de coisa melhor... Vem, senta-te aqui. (...)"





 ‎(trecho do livro 'A mulher q escreveu a bíblia' - Moacyr Scliar)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Minha Tribo Sou Eu

eu não sou cristão
eu não sou ateu
não sou japa não sou chicano
não sou europeu
eu não sou negão
eu não sou judeu
não sou do samba nem sou do rock
minha tribo sou eu
eu não sou playboy
eu não sou plebeu
não sou hippie hype skinhead
nazi fariseu
a terra se move
falou galileu
não sou maluco nem sou careta
minha tribo sou eu
ai ai ai ai ai
ié ié ié ié ié
pobre de quem não é cacique
nem nunca vai ser pajé

Zeca Baleiro

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Matar-Se

não agüento mais
todos acham
mas não sabem
o que fazer

Lambuzar-se
boa idéia
amanhã

pra que serve
alimentar-me
apanhar
pra que

Só sei
não sei
vomitar até matar-se


(poema de 16 anos atrás) 

NÃO

Olhar, apenas olhar
Pra que!
Perfil, uma farsa
Corpo não

Nariz, sarnento e sardento
Não!
Nariz pra que?

Boca gosmenta e fétida
Não!
Boca sem perfil

Mão
Não tem perfil
Apenas aquece o que sinto
Pé não.


Poema de + de 16 anos atrás

terça-feira, 17 de maio de 2011

LAGARTA e papo facebookiano...

LAGARTA

Vaga dentro de mim
Uma flor ou ferida aberta:
É uma beleza incerta
Que nasce e me mata enfim.

Não quero que chegue o fim.
Eu, que me teço e renasço,
Da vida não me desgarro:
Quero morrer e ficar em mim.

Flavio Aguiar
há 38 minutos ·  · 
  • Jessica Trott curtiu isto.
    • Jessica Trott Morrendo e renascendo... E assim somos, metamorfoses fechando ciclos. Uma fase morre para que uma mais bela renaça...
      há 26 minutos ·  ·  1 pessoa
    • Tum Aguiar Parte de nós tem q morrer e literalmente cair, pra q descubrirmos o q estava embaixo, guardado, esperando pra nascer...
      há 23 minutos ·  ·  1 pessoa
    • Jessica Trott E essa é a graça da vida! Essa força que nos vira do avesso e nos transforma pra nos mostrar qual é o lado certo... Testanto o nosso desapego às coisas que antes julgavamos vitais e que hoje deixamos o vento levar... tudo é transformação e movimento.
      há 13 minutos ·  ·  1 pessoa
    • Tum Aguiar Vamos rir dela então! ganhar força ou simplesmente enxerga-la no simples, no óbvio, em si! somos essa transformação! emoção e movimento, energia e desalinhamento, contenção e explosão. Ai esta a graça, pois de tão simples, complica!
      há 7 minutos ·  ·  1 pessoa

domingo, 15 de maio de 2011

elegia do nós










Seria mais fácil se calássemos a boca
           se tivéssemos sempre o mesmo rosto
           a mesma idade, o mesmo eu, a mesma cor
           ninguém diria: tenho fome
           ninguém ousaria: quero mais
Seria tão mais fácil se as perguntas se ausentassem
           o silêncio seria menos constrangido
           o som despertaria à menor ordem superior
           e nunca veríamos a face
           do nosso algoz ou do nosso amor
Seria tão mais fácil se nós não nos amássemos
           se não nos quiséssemos assim tão de repente
           ou tão devagar
           o mundo seria uma só calma
           e o prazer, uma cela solitária
Seria tão mais fácil se ninguém dormisse
           a noite não seria esse espaço impenitente
           não haveria despertar
           nem esse efêmero abandono
           a tudo aquilo que não fomos
Seria tão mais fácil se nós não existíssemos
mas acontece
que nós somos
também aquilo que não somos


acontece que tudo está fora de lugar
a chacoalhar o mundo das certezas mortas
e acontece o amor e acontece o ódio
e nós gostamos do aperto
de nos esfregar pelos quartos, pelas ruas
pelos estádios e pelos tempos afora
acontece que nós gostamos de gozar
de rir das pompas e solenidades
acontece que é bom ter no rosto
a sensação de ter um rosto
e ver o vento, a noite
o sertão e o além-mar
acontece que não é mais antigamente
quando hoje seria melhor
acontece que há o fruto e a semente
e plantar e colher não é trabalho fácil
acontece que nós somos gente
aqui agora depois e para sempre



Flavio Aguiar

sábado, 14 de maio de 2011

PASSARIM



Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro partiu mas não pegou
Passarinho, me conta, então me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Me diz o que eu faço da paixão?
Que me devora o coração..
Que me devora o coração..
Que me maltrata o coração..
Que me maltrata o coração..
E o mato que é bom, o fogo queimou
Cadê o fogo? A água apagou
E cadê a água? O boi bebeu
Cadê o amor? O gato comeu
E a cinza se espalhou
E a chuva carregou
Cadê meu amor que o vento levou?
(Passarim quis pousar, não deu, voou)
Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho, me conta, então me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Cadê meu amor, minha canção?
Que me alegrava o coração..
Que me alegrava o coração..
Que iluminava o coração..
Que iluminava a escuridão..
Cadê meu caminho? A água levou
Cadê meu rastro? A chuva apagou
E a minha casa? O rio carregou
E o meu amor me abandonou
Voou, voou, voou
Voou, voou, voou
E passou o tempo e o vento levou
Passarim quis pousar, não deu, voou
Porque o tiro feriu mas não matou
Passarinho, me conta então, me diz:
Por que que eu também não fui feliz?
Cadê meu amor, minha canção?
Que me alegrava o coração..
Que me alegrava o coração..
Que iluminava o coração..
Que iluminava a escuridão..
E a luz da manhã? O dia queimou
Cadê o dia? Envelheceu
E a tarde caiu e o sol morreu
E de repente escureceu
E a lua, então, brilhou
Depois sumiu no breu
E ficou tão frio que amanheceu
(Passarim quis pousar, não deu, voou)
Passarim quis pousar não deu
                                                                   Voou, voou, voou, voou, voou
(desenhos by Tum, realizados nas 
aulas da artista plástica Maria Pacca)

Tom Jobim

    Composição : Antonio Carlos Jobim / Paulo Jobim

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Novo Ciclo

Muito e Pouco acontecendo louco
Tudo e Nada ao mesmo tempo
Agora e antes, Depois e ontem.


Pontos na carteira
Pingos no canto dos olhos
Pelos, pentelhos, Cabelo


Pensamentos pontuais
Desesperos casuais
Tensões pré menstruais


Fechamento de ciclo
Jogando fora o lixo
Abrindo todas gavetas da Alma


Renova o guarda roupa da Idéia
Organiza o sentimento da Quimera
Arruma o coração e a Prateleira.


(Tum)

terça-feira, 10 de maio de 2011

CINZAS

Coisas
Cinzas
Melancólicas Poeiras
Besteiras
Uniformidade Perfeita
Caos Total
Moral Precária
Porcaria de Sociedade
Cidade Morta
Beleza
Roubada
Incorretamente Fria
Magnífica Obscuridade
Melhor não Seria
Aprisiona
Liberta
Me Desperta
Alegria de Vida.

(poema de +- 10 anos atrás)